Líder do Hamas no Líbano é morto em ataque aéreo atribuído a Israel

Esposa, filho e nora de Fatah Sharif também foram vítimas do bombardeio no campo de refugiados de Al Bass.

Da Redação
30/09/24 • 15h10

As Forças Armadas de Israel bombardearam dezenas de alvos nesta madrugada. (Foto: Avi Ohayon)

Nesta segunda-feira (30), o movimento islâmico palestino Hamas confirmou a morte de Fatah Sharif Abu Al Amin, líder do grupo no Líbano, em um ataque aéreo atribuído a Israel. O bombardeio ocorreu no campo de refugiados de Al Bass, no sul do Líbano, próximo à cidade de Tiro, resultando também na morte de sua esposa, filho e nora.

Em comunicado oficial, o Hamas classificou o ataque como “terrorista e criminoso”, apontando que Fatah Sharif era um membro de liderança do Hamas no exterior. A agência de notícias oficial do Líbano, ANI, confirmou a operação aérea na região.

Na mesma madrugada, as Forças Armadas de Israel anunciaram ter atingido “dezenas de alvos do Hezbollah”, grupo aliado ao Hamas, na região de Bekaa, no leste do Líbano, incluindo lançadores de foguetes e edifícios usados para armazenar armas. Segundo o Exército israelense, as operações visam “danificar e degradar a capacidade militar do Hezbollah”.

Horas antes, a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) reportou a morte de três dirigentes em um ataque aéreo em Beirute. Mohammad Abdel-Aal, chefe do Departamento de Segurança Militar, Imad Odeh, membro do Comando Militar, e Abdelrahmane Abdel-Aal foram vítimas de um bombardeio, também atribuído a Israel, no bairro de Cola, no centro da capital libanesa.

Além desses ataques, uma fonte de segurança do Líbano informou que pelo menos quatro pessoas morreram em um bombardeio de drone israelense que visou um prédio residencial em Beirute. Este ataque seria a primeira incursão israelense na capital libanesa desde outubro de 2023, quando os conflitos com o Hamas se intensificaram.

Desde os eventos de outubro de 2023, quando o Hamas iniciou uma série de ataques contra Israel, as tensões na região aumentaram, envolvendo diretamente outros grupos, como o Hezbollah e a FPLP, que têm realizado operações contra o território israelense em solidariedade ao Hamas.