
Número de crianças em trabalho infantil no Brasil cai 14,6% em 2023, aponta IBGE
Pesquisa revela 1,607 milhão de crianças e adolescentes estavam em situação de trabalho infantil, o menor número desde 2016.
Da Redação
18/10/24 • 11h55

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada nesta sexta-feira (18), o número de crianças e adolescentes de 5 a 13 anos em situação de trabalho infantil no Brasil caiu 14,6% em 2023, chegando a 1,607 milhão. Esse número é o menor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2016, e representa uma melhora em relação aos 1,881 milhão registrados em 2022.
O IBGE define trabalho infantil como atividades que prejudicam a saúde e o desenvolvimento das crianças e interferem em sua escolarização. A legislação brasileira proíbe o trabalho infantil para menores de 13 anos em qualquer circunstância, enquanto adolescentes de 14 e 15 anos podem atuar como aprendizes e jovens de 16 e 17 anos podem trabalhar em atividades que não sejam perigosas ou insalubres.
Em 2023, 586 mil crianças e adolescentes estavam envolvidos em atividades consideradas perigosas, uma redução de 22,5% em relação ao ano anterior. A maioria das crianças e adolescentes em trabalho infantil tem entre 16 e 17 anos (895 mil), e a incidência de trabalho perigoso é maior entre os mais jovens de 5 a 13 anos (65,7%).
A pesquisa revelou disparidades por sexo e raça: 63,8% das crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil eram meninos, e 65,2% eram pretos ou pardos. O rendimento médio mensal daqueles em trabalho infantil foi de R$ 771, com menores valores para pretos e pardos (R$ 707) e meninas (R$ 695).