
Ministro Alexandre de Moraes ordena soltura de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Mauro Cid está preso no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, desde março deste ano.
Da Redação
03/05/24 • 15h35

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (3) a soltura do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que ocupava a posição de ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Mauro Cid estava detido no Batalhão da Polícia do Exército em Brasília desde março deste ano, após ser preso durante um depoimento ao Supremo. Sua prisão ocorreu no contexto de uma publicação pela revista Veja de áudios nos quais Cid criticava a atuação de Moraes e da Polícia Federal.
O contexto da prisão de Cid está ligado a suas declarações e ao seu envolvimento em casos investigados pelo STF. Após sua prisão, ele assinou um acordo de colaboração premiada enquanto estava detido. Este acordo estava relacionado ao inquérito que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19.
Além de colaborar com a investigação sobre as fraudes de vacinação, Cid também forneceu informações em outro inquérito importante. Este segundo inquérito investiga uma tentativa de golpe de Estado, supostamente planejada por membros do alto escalão do governo Bolsonaro, segundo as investigações.
Junto com a decisão de soltar Mauro Cid, o ministro Moraes também confirmou a validade do acordo de delação premiada assinado pelo militar. Durante a audiência em que Cid foi preso, ele já havia confirmado os termos deste acordo.
Na sua decisão, Moraes destacou: “Consideradas as informações prestadas em audiência nesta Suprema Corte, bem como os elementos de prova obtidos a partir da realização de busca e apreensão, não se verifica a existência de qualquer óbice à manutenção do acordo de colaboração premiada nestes autos.” Esta decisão permite que Cid deixe a prisão e que as investigações continuem com base nas informações que ele forneceu.